Criaram-me em forma de caos. Fizeram-me para ser bagunça, para causar bagunça. É isso que eu faço. Não há nada de poético nisso. Pessoas como eu sonham demais, sentem demais, sofrem demais. Pessoas como eu tem um coração tão frágil, e um sorriso no rosto tão gélido que permaneceu lá por vários anos. Não perdemos a fé quase nunca, fé contínua. Fé em tudo, fé na vida. Dói de vez em quando. E o sorriso continua. Não fizeram-me Vinícios de Moras e eu, tampouco consigo descrever o que se passa dentro de mim. Criaram-me a partir das gotas do Oceano para formar todas as minhas lágrimas. Deram-me força enorme para poder olhar para o céu, ter fé na vida e continuar.