Meu querido, tu te tornaste uma grande parte de mim. Digo isso por todas as vezes que cantarolei uma canção alegre que me lembrava da gente para poder tentar dormir, e então acabei ficando mais algumas horas acordadas pra pensar em todas as palavras que foram ditas quando nos encontramos. Seria tolice minha dizer que gosto do teu sorriso. Mas gosto. E gosto de todos os sorrisos que o seu sorriso causa em mim. Inventei uma melodia bonita sobre a nossa vida. Sobre a nossa casinha no meio do nada. Sobre a vida parasita que eu criei sob os escombros da tua vida. É assim, meu amor, preciso de ti de uma forma incontestável. Preciso da poesia da vida ao teu lado, e de todas as histórias ruins também. Preciso de todas as partes. De seus terremotos e tuas calmarias. E da forma com a qual você olha, da forma mais terna possível, a bagunça que eu sou. Da forma com a qual você cuida de mim. Amo a forma com a qual eu imagino o nosso futuro juntos. Tu me tornaste borboleta que te visita alegremente todos os dias com a esperança de ser feliz com a tua felicidade. Gosto do mutualismo que exercemos entre nós mesmos. “Borboleta” sussurra ao meu ouvido, e pede pra casar comigo.